Resumo da unidade I de Estágio
O primeiro tópico relata como foi nosso estagio nossa inserção no espaço formal e em seguida diz como será nossa trajetória Nesse Estágio Supervisionado 3 a proposta é ampliarmos a experiência de estágio para além dos muros da escola tomando a cidade como referência para a elaboração de projetos de ação educativa. Consideramos que é em uma “escala intra urbana que a vida cotidiana e a relação entre cidade, cultura e cidadania podem ser analisadas com maior profundidade”
O desafio é olhar para a cidade de uma maneira diferenteVer aquilo que nunca havíamos prestado atenção no contexto cotidiano, no dia a dia. Pensar a cidade enquanto um organismo vivo, dinâmico, que trás uma história construída ao longo dos tempos (seja ela recente ou de longa data), uma história feita pelos seus habitantes, cada um com suas relações, suas profissões, seus ofícios, sua cultura; a cidade formada, por seus lugares; físicos, afetivos, simbólicos. A cidade que é feita pelas mãos daqueles que as constroem. à vida privada, à separação entre casa e rua, nos cotidianos com a cidade. Tais contraposições reforçam as noções de valores culturais/sociais, as práticas solidárias e cidadania coletiva. A efetivação da cidade como educadora se constitui na resistência à tendência de práticas individualistas na cidade.
A cultura diz respeito a todos os fazeres, saberes e viveres pelos quais as pessoas se constituem em seus lugares, nas suas cidades, nas suas terras. A cultura diz respeito às diferentes maneiras como as pessoas trabalham, produzem, pensam as mais diferentes profissões/ações que compõem a vida da sua cidade – a sua dinâmica, as particularidades de cada bairro.
Tornar o familiar estranho !!!
Muitas vezes a arte que existe em nossa vida cotidiana é invisível.O perturbamento do familiar descreve esse processo de tornar visível a arte e a cultura locais. A noção de perturbamento no familiar
a) descreve metaforicamente o processo pelo qual membros da comunidade adquirem um maior discernimento sobre a própria cultura.
b) descreve interpretações feitas não por forasteiros, mas por pessoas da comunidade, e consiste um passo essencial para compreender a identidade cultural que possuímos.
c) esse processo convida a um envolvimento histórico e político e uma reflexão sobre as possibilidades de mudança.
d) essa noção também possibilita identificar formas de autoria em diferentes grupos culturais e os sistemas de valores que as sustentam (Hamblen, 1990).
e) busca enriquecer o discurso atual em arte/educação pela articulação das questões de gênero, classe social e etnia que afetam as comunidades (BASTOS, p.234 e 235);
“ver de novo” não é ver a mesma coisa duas vezes, é lançar um novo olhar sobre uma mesmo coisa ou situação. O olhar que não se renova envelhece.
A cidade, ao longo da história, tornou-se um lugar privilegiado para a proliferação de discursos e construção de imagens, devido a enorme concentração de pessoas e objetos, que se tornam a todo momento, símbolos espaciais. O contato cotidiano também favorece a construção de imagens.
É através do contato com os outros e com o mundo, através dos discursos, das representações, desejos e receios, que a imagem é construída. Exercitemos, então, um novo olhar para essa cidade, um olhar poderoso, desconstruidor de discursos caracterizadores e imagens construídas, em busca de visualidades, territorialidades, espacialidades, em uma perspectiva multicultural crítica.
Toda cidade forma, todas elas educam, pois todas são resultados de um processo cultural, histórico e social. As pessoas não se juntam, organizam-se num determinado lugar espretensiosamente! Nesse sentido, toda cidade pode ser educadora, pois ela fala de cada um de nós e do outro com o qual ajudamos a formar!Assim, propomos esse olhar sobre a cidade: buscando descobrir em cada um a cidade que habita, que foi se construindo ao longo dos tempos e que, podem representar a possibilidade de ir consolidando um olhar mais apurado - olhar crítico e mais sensível para o contexto e o meio ambiente. Aqui temos a transição de um olhar indiferente rumo a um olhar reflexivo, olhar que pergunta, olhar que indaga.
Faremos anotações, desenhos, esquemas, fotografe, registos das conversas estabelecidas,as entrevistas, as observações. Devemos acentuar as instâncias educadoras da vida na cidade, seus moradores, seus saberes, seus ofícios... E não importa se eles estão organizados ou não, pois todos fazem parte da sua cidade. Aqui pensamos a cidade enquanto uma confluência de práticas culturais, formando essa grande paisagem.
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